Milho: mercado interno aponta estabilidade |
No mercado doméstico, a semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho, ainda de acordo com levantamento do Notícias Agrícolas. Em Sorriso (MT), o preço do cereal baixou 4,35%, com a saca a R$ 22,00. Já em Assis (SP), a perda ficou em 3,20%, com a saca a R$ 29,31. Os preços também recuaram no Rio Grande do Sul. Em Não-me-toque, a saca de milho fechou a semana a R$ 35,00, e queda de 2,78%, em Panambi, a desvalorização ficou em 2,67%, com a saca a R$ 35,04 .
No Oeste da Bahia, as cotações cederam 1,90%, com a saca a R$ 38,75. Porém, na praça de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, o valor subiu 1,79%, com a saca a R$ 28,50. No Porto de Paranaguá, a saca de milho apresentou ganho de 2,94%, com a saca do cereal negociada a R$ 35,00.
Os analistas ainda destacam que, os preços permanecem pressionados em meio ao recuo nas exportações brasileiras e as importações. Essa semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), revisou para cima as estimativas de importação para 2,4 milhões de toneladas. Até o início de novembro, os compradores brasileiros já haviam adquirido 1,9 milhão de toneladas de milho.
"Basicamente, o Brasil importou milho oriundo dos países do Mercosul: Argentina e Paraguai. Somente o Paraguai exportou para o Brasil 1 milhão de toneladas e por via rodoviária, o que permitiu chegar a uma paridade de importação bem abaixo dos preços do mercado doméstico", reportou em seu boletim.
As exportações também foram revistas para baixo, para 18 milhões de toneladas na temporada. No acumulado de fevereiro a novembro, os embarques totalizam 16,4 milhões de toneladas. "E os line-ups para dezembro estão indicando, até o momento, um volume de 680 mil toneladas, levando a crer que o máximo que deve se exportar nos próximos dois meses somente é 1,6 milhão de toneladas", divulgou a entidade.
Diante desse cenário, os estoques finais da safra 2015/16 subiram para 7,9 milhões de toneladas. "E com a chegada da primeira safra, que está indo muito bem até o momento, com o clima favorável, somado às exportações mais fracas, estoques de passagem maiores e uma perspectiva de aumento na área cultivada na safrinha, tudo isso está levando a uma baixa nos preços", destaca o consultor de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo.
Ainda de acordo com boletim de acompanhamento de safras da companhia, na safra de verão deverão ser colhidas 27,74 milhões de toneladas do cereal. Já na safrinha, a produção deverá ficar próxima de 56,07 milhões de toneladas.
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