O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio paulista totalizou R$ 230 bilhões em 2015, queda de 1,7% na comparação com os R$ 234 bilhões do ano anterior, conforme cálculos feitos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) a pedido da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No ano passado, o cadeia do agronegócio — do setor primário aos serviços — representou 12% do PIB de São Paulo.

Responsável por 43% do PIB do agronegócio paulista, o setor de serviços registrou queda de 1,6% em 2015, para R$ 99,7 bilhões. Na agroindústria paulista, que representa 42% do PIB do agronegócio do Estado, a queda foi de 1,7%, atingindo R$ 96,2 bilhões no ano passado.

De acordo com a Fiesp, a queda do PIB da agroindústria no ano passado foi determinada, sobretudo, pelo desempenho das indústrias de artigos vestuários (-15,7%), produtos têxteis (-15,6%), móveis de madeira (-15,3%) e de moagem e fabricação de amidos (-7,5%). Em contrapartida, os setores de celulose e suco de laranja tiveram o melhor desempenho da agroindústria paulista, com avanço de 40% e 27,4%, respectivamente.

Além dos setores de serviços e agroindústria, o PIB do agronegócio calculado pelo Cepea também considera os setores primários e de insumos. No setor primário, que é responsável por 9% do PIB agronegócio paulista, o PIB chegou a R$ 21,5 bilhões em 2015, aumento de 0,7%. No caso dos insumos, o PIB caiu 6,9%, alcançando R$ 12,5 bilhões.

Pela metodologia do Cepea, o PIB é calculado a preços de mercado. Ou seja, oscilações nas cotações de commodities e de outros produtos que façam parte da cadeia se refletem no cálculos. O método do Cepea é diferente do utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular o PIB brasileiro, que é feito a preços constantes, eliminando assim os efeitos da inflação.