Multinacionais do agronegócio importam menos |
O cenário do agronegócio do ano passado já se apresentava meio cinzento mesmo antes de os fundamentos da economia brasileira descerem ladeira abaixo.
As perspectivas de preços baixo para as commodities no mercado internacional já em 2014 fizeram os produtores pisar no freio nos gastos. Com isso, as multinacionais do setor também se prepararam e, em 2015, importaram bem menos do que em 2014.
Além disso, a disparada do dólar foi um grande freio às importações, ao contrário do que ocorreu com as exportações, que foram favorecidas pela desvalorização do real.
Dois dos principais gastos das empresas multinacionais de commodities que atuam no país são com importações dos setores de produtos de proteção das lavouras e de fertilizantes.
No primeiro caso, a queda das importações das cinco principais empresas foi de 12%. Com a liderança da Syngenta, os gastos dessas empresas somaram US$ 5,2 bilhões em 2015, ante US$ 5,9 bilhões em 2014.
Já no setor de fertilizantes, a queda foi um pouco maior, atingindo 13%. A líder Yara importou o correspondente a US$ 1,8 bilhão, 15% menos.
As cinco principais empresas do setor gastaram US$ 4,58 bilhões, ante US$ 5,28 bilhões em 2014.
As indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas foram o setor que pisou mais forte no freio no ano passado. Já com a perspectiva de queda nas vendas de colheitadeiras e de tratores, o que realmente ocorreu, o setor importou o correspondente a US$ 1 bilhão, 43% menos do que em 2014.
As importações totais da líder John Deere somaram US$ 540 milhões, 38% menos, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
As empresas do setor de carnes também mantiveram média de queda de 12% nas importações, que recuaram para US$ 664 milhões.
Já as tradings de grãos gastaram 32% menos.
Frango
Mais queda O quilo da ave viva recuou para R$ 2,50 nesta quinta-feira (28) nas granjas paulistas, segundo acompanhamento de preços da JOX Consultoria.
Para baixo Ao recuar para esse valor, o quilo do frango vivo caiu 2% no dia e acumula desaceleração de 16% nos últimos 30 dias. Em 12 meses, há alta nominal de 11%.
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