Segundo Javier Prida, diretor executivo da Câmara Argentina de Produtores Avícolas (Capia), o consumo argentino de ovos aumentará em 11 unidades este ano.

O incremento fará com que o ano seja finalizado com um consumo per capita de 255 ovos por habitante, enquanto no ano passado foi de 244 ovos. Segundo Javier “isso mostra o rápido crescimento da produção” mas demonstra preocupação em relação aos preços de comercialização que “se mantém muito baixos, afetando a rentabilidade do negócio”. Mas lembra que a situação seria pior não fosse a significativa queda nos preços da matriz e da soja e que “a melhor proteína animal hoje não pode valer o que vale na Argentina”.

A solução, segundo ele, é aprimorar o consumo local, crescer as exportações e rever os níveis de produção. Dessas três frentes, o diretor executivo da Capia aponta a possibilidade de aumentar as exportações, embora reconheça que os custos não são mais atraentes. Segundo ele várias empresas, há um bom tempo, vêm fazendo constantemente os deveres de casa. Mas não sabe até quando seguirão exportando a valores que são realmente deficitários e fazem com que as exportações sejam cada vez menores e os volumes diminuam mês a mês.

* Muda se o país mas os problemas são os mesmos. Lá, como cá, os problemas relacionados ao mercado de ovos comerciais também são a alta produção e redução nas exportações que deixam ainda mais onerosos os preços de comercialização. Mas, pelo menos, o consumo interno argentino é muito maior que o brasileiro. No ano passado, segundo fontes do setor, o consumo per capita brasileiro ficou em aproximadamente 169 ovos por habitante.

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