Em entrevista recente, Ricardo Estrada, presidente da Associação dos avicultores em Tepatitlán, Jalisco, disse que a produção de ovos no México está totalmente recuperada do surto de gripe aviária de alta patogenicidade (H7N3) que atingiu o país em 2012 e que na área de Altos de Jalisco a produção já voltou ao normal. Como é sabido, segundo José Luis Cruz, diretor da USAPEEC México, o surto causou a morte ou abate de aproximadamente 24,6 milhões de aves, principalmente de galinhas poedeiras.

As estatísticas do Ministério da Agricultura da México mostram que no primeiro semestre a produção dos ovos chegou a 633,260 mil toneladas, representando aumento de 5,6% em comparação com o mesmo período de 2013.

Na entrevista, Estrada destacou que da região foram enviados uma média de 44.000 caixas de 360 ovos, que é mais do que as 33.000 e 28.000 em 2013 e 2012, respectivamente. Ele também disse que em 2015 deve começar a fase de erradicação da doença. Atualmente, o vírus é controlado por um intenso programa de vacinação.

Mas, como o México ainda tem de erradicar o vírus, permanecem fechados os mercados de exportação para o ovo mexicano. Antes do surto, em 2012, o país exportava cerca de 3% da sua produção de ovos para nações como o Brasil, Angola, Libéria, Guiné, Catar e Japão, entre outros.

Por outro lado, uma vez que o consumo per capita diminuiu de 22,4 kg em 2011 para 21,9 kg este ano, nos próximos meses vão se empenhar para expandir o consumo de ovos no México através de uma campanha dos produtores de Jalisco e a União Nacional dos avicultores (UNA).