Presidente do Conselho do Grupo Agroceres é homenageado pela ABAG |
O engenheiro agrônomo, Urbano Campos Ribeiral, presidente do Conselho do Grupo Agroceres, recebeu nesta semana (04/08), em São Paulo, o Prêmio Norman Borlaug, concedido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). O prêmio - que leva o nome do pesquisador e engenheiro agrônomo norte-americano Norman Borlaug, pai da Revolução Verde e primeiro Nobel da Paz por trabalhos na agricultura - é uma homenagem às melhores ideias que ajudam a combater a fome no Brasil e a desenvolver o agronegócio brasileiro.
Mineiro de Ubá, Urbano Campos Ribeiral é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em 1962, logo após sua graduação tornou-se professor da própria UFV, a convite da instituição. Anos mais tarde ingressou na Agroceres, onde atuou como pesquisador e geneticista, ajudando a desenvolver diversas espécies de milho híbrido, que tiveram excelente aceitação no mercado, chegando a representar cerca de 60% das vendas da companhia.
Na segunda metade dos anos 1990, Ribeiral assumiu a presidência da Agroceres, cargo em que obteve destaque conquistando a confiança e admiração de seus liderados e ampliando os negócios da empresa. Com uma carreira dedicada à Ciência, Ribeiral levou a pesquisa sobre milho, a outro patamar no Brasil. “Urbano Ribeiral fez tudo isso sem nunca deixar de apoiar e estimular o importante trabalho de pesquisa e de desenvolvimento de novas tecnologias. Por todo esse trabalho é que a ABAG optou por conceder o prêmio Norman Borlaug de 2014 a ele”, comenta Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG.
Produção de alimentos: o grande desafio da humanidade
Para Urbano Campos Ribeiral é motivo de grande satisfação receber a homenagem da ABAG. “É muito honroso para qualquer pesquisador receber o Prêmio Norman Borlaug, Nobel de 1970, considerado o pai da Revolução Verde, um geneticista que dedicou sua vida profissional ao melhoramento do trigo e com seu trabalho contribuiu para aumentar a produtividade deste cereal e reduzir a fome de milhões de seres humanos”, afirma.
Ao receber o Prêmio, Ribeiral aproveitou para falar sobre alguns desafios do agronegócio brasileiro e mundial. De acordo com ele, com a explosão demográfica, garantir a produção e abastecimento de alimentos tornou-se um dos grandes problemas mundiais, sobretudo para os países em desenvolvimento. Para ele, somente a adoção de tecnologias modernas e o envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio podem minorá-lo. “Na equação alimento/população é necessário que se atue no numerador e no denominador, aumentando a quantidade e a qualidade do alimento e promovendo a melhoria de vida da população.
Por isso é necessário que se discuta este período de transição tecnológica pelo qual estamos passando e como seria possível reduzir o seus efeitos”, adverte.
Segundo Ribeiral, é preciso que sejam definidas claramente as prioridades que nortearão a política de balanceamento entre a proteção ao homem e a proteção ao meio ambiente, segundo ele, hoje um grande dilema da sociedade moderna. “Foi com o propósito de discutir esses problemas e de buscar a harmonização entre os elos das cadeias envolvidas no agronegócio que Ney Bittencourt de Araújo, então presidente da Agroceres, liderou a fundação da Abag, que neste ano completou 21 anos. Que esta maioridade possa significar cada vez mais empenho nesta importante função”.
Urbano Campos Ribeiral recebeu o Prêmio Norman Borlaug, uma homenagem às melhores ideias que ajudam a combater a fome no Brasil
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